Raio X da NBA : O que vimos até aqui e o que podemos ver até o final da temporada
Uma temporada simplesmente surpreendente. Ao contrário do
que a maioria dos fãs de NBA imaginava, o ano até aqui está repleto de
narrativas interessantes. Times descreditados mostrando boas atuações,
evoluindo seus jovens talentos e dando muito trabalho a equipes mais
estabilizadas e talentosas. Por outro lado, verdadeiras potências sofrendo com
problemas internos, lesões e falta de entrosamento. Jovens estrelas mostrando
que serão referências em pouquíssimo tempo e alguns “busts” que ficaram evidentes.
Diante disso, segue uma breve análise do que cada franquia
produziu até aqui e o que podem mostrar de diferente. Os objetivos de cada um e
um palpite de até onde podem chegar. Sabendo que a parada para o All- Star e a
Trade Deadline se aproximam e podem mudar os rumos do campeonato, vale a pena
apontar os méritos e defeitos das 30 franquias passada a primeira metade da
temporada.
Conferência Leste
1°- Milwaukee Bucks
Campanha: 33V/12D
Um dos menores mercados da NBA está no topo de sua conferência.
Giannis Antetokounmpo sendo um dos grandes candidatos a MVP. Ao melhor estilo “underdog”, os Bucks se
mostram capazes de competir o suficiente para jogar as finais. Com a chegada de
Mike Budenholzer, homem responsável pelo sucesso recente e perene do Atlanta
Hawks, Giannis deu um salto de qualidade assustador. Chega a ser cômico
constatar que o “Greek Freak” foi escolhido apenas na 13a escolha de seu Draft. Imparável, ele demonstra uma junção de técnica e aberração física
talvez nunca vista na liga. O recado está dado: É possível jogar uma final (provavelmente contra os Warriors) com alguma dignidade. É sabido que ter um
All-Star no elenco não é sinônimo de sucesso nos playoffs, vide os Pelicans de
Anthony Davis. Posto isso, existem outros fatores que fazem a franquia de
Wisconsin sonhar alto. A começar pela evolução dos ótimos Kriss Middleton e
Malcom Brogdon (ex Rookie of the Year). Jogadores subestimados que contribuem
de diversas formas com o plano de jogo. Adicione a isso a chegada de Brook
Lopez e sua humildade louvável em mudar seu estilo de jogo para a sobrevivência
da carreira, e que vai de encontro ao estilo atual de jogo na liga. Com 40% em
arremessos de 3, Brook preocupa os adversários pelo chute de fora e espaça a
quadra, permitindo que Giannis e Eric Bledsoe (que faz um ano bem sólido )
abram caminho e façam estrago no garrafão . O banco com George Hill, Thon
Maker, D.J Wilson, Ersan Ilyasova e Tony Snell é muito sólido também.
Possivelmente, a falta de experiência do elenco em jogos
decisivos seja um adversário a ser superado. Mas não se engane: o cervo, mesmo
fora dos holofotes, pode fazer barulho na pós - temporada.
Palpite : Briga pelo título do Leste
2°- Toronto Raptors
Campanha: 35V/13D
A temporada passada foi frustrante para a única franquia
canadense da liga. Mesmo com mando de quadra e a melhor campanha de sua
história, os Raptors pararam em LeBron James. Muito mais do que a eliminação em
si, chamou a atenção negativamente a postura passiva da equipe. A offseason
trouxe a oportunidade de ter indiscutivelmente um jogador TOP5 em seu elenco,
e após muitas polêmicas em San Antônio, Kawhi desembarcou em Toronto como peça
capaz de enfim limpar a fama de amarelona da equipe. A saída de DeMar DeRozan
deu um tom dramático a narrativa, e a troca de Dwayne Casey (agora nos Pistons) pareceu, a princípio, um movimento controverso. A incerteza da permanência de
Kawhi para os próximos anos limitam a equipe num planejamento a longo prazo,
portanto, talvez esta seja a grande chance de beliscar um lugar nas finais,
fazendo do Canadá um destino bem possível para diversos jogadores insatisfeitos
em outros times.
Os Raptors certamente brigarão até o fim pela ponta do
Leste. Uma Line-Up com Kyle Lowry, Danny Green, Kawhi, Serge Ibaka e Jonas
Valanciunas, merece respeito. OG Anunoby, Pascal Siakam, Greg Monroe, Norman
Powell e Fred Vanvleet, são suplentes de qualidade. Será suficiente?
Palpite: Briga pelo título do Leste
3º- Indiana Pacers
Campanha : 31V/15D
Levar qualquer time de LeBron James a 7 jogos e em vários
momentos demonstrar força para eliminar o “King”, é algo a ser elogiado. Parece
irônico dizer que cair no 1 round seja positivo, mas o fato é que os Pacers se
mostraram muito mais ariscos do que se imaginava.
Victor Oladipo, vindo de seu primeiro All-Star e eleito
All- NBA 3rdTeam, colocou a equipe debaixo dos braços e demonstra ser o
franchise player que a equipe precisava após a era Paul George. A troca, muito
criticada na época, parece ter sido boa para ambas as partes, e todo o mérito da
reconstrução deve ser dado à Nate McMillan, que se reinventou como técnico e
ajustou o elenco com peças funcionais e interessantes para seu modo de jogar.
Domantas Sabonis engatou aquela marcha a mais. Tyreke Evans chegou com
pedigree de um dos melhores 6th Man da liga, e traz boa pontuação do banco.
Outros nomes como Kyle O’Quinn e Doug McDermottt também colaboram, além do
gatilho sempre letal de Bojan Bogdanovic e da grata surpresa Aaron Holiday.
A grande decepção com certeza é Myles Turner. Após boa
temporada e uma lesão complicada, seu futuro se tornou incerto no último ano de
contrato. Assim como os Bucks, a falta de experiência do elenco em jogos
grandes pode pesar contra. Adicione a isso a dúvida de até que ponto
Oladipo pode evoluir como Clutch Player. O desempenho até aqui, contudo, parece
prever que os Pacers farão jogo duro contra qualquer adversário .
Palpite: Semi- Finais de Conferência
4o- Philadelphia 76’Ers
Campanha : 30V/17D
Ben Simmons, JJ Redick, Jimmy Butler, Wilson Chandler e
Joel Embiid. Nada mal, certo? Um dos times titulares mais talentosos da liga, os Sixers
disseram a que vieram ao trocar com o Minnessota Timberwolves um All- Star
consolidado: não estão à passeio. Após anos de Tanking, a Cidade do Amor Fraternal
volta a ser manchete do basquete. O Trust the Process parece estar em seu
estágio mais avançado, e chegou a hora de pôr as cartas na mesa. A eliminação
para os Celtics na temporada passada apontou os problemas de ter um elenco forte e a
falta de um craque calejado (não que
Embiid e Simmons não sejam, porém ambos possuem pouca experiência em Playoffs).
Para este ano, talvez o grande obstáculo seja justamente a
falta de profundidade no banco. Ilyasova voltou aos Bucks e Dario Saric se foi na troca por Butler. A maior perda sem
duvidas é a de Robert Covington. Excepcional defensor e muito bom em bola de 3.
Um 3and D como poucos na liga. Isso fica evidente ao notar que após a sua ida
aos Wolves, Philadelphia sofre em média 8 pontos a mais por jogo.
Outros dois fatores também colaboram para o torcedor de
Philly ficar com o pé atrás: a falta de evolução do chute de Ben Simmons, que
abriria consideravelmente o leque de jogadas, e a situação de Markellle Fultz.
Escolha número 1 do draft de 2017, ainda não correspondeu às expectativas e
certamente a cada dia faz o Front Office se arrepender ao olhar para o
desempenho de outros jovens, como Jason Tatum e DeAaron Fox.
Uma troca de Fultz sempre é ventilada na mídia de Pennsylvania, um movimento bem
possível para tentar consertar um erro de avaliação e fortalecer a equipe para
os Playoffs. Resta saber o que irá prevalecer: a individualidade e capacidade
dos grandes nomes ou a falta de suplentes mais capacitados .
Palpite: Briga pelo título de Conferência
5º- Boston Celtics
Campanha: 28V/18D
A receita parecia simples: adicione 2 All- Stars a uma
equipe surpreendentemente forte sem ambos, e a certeza de sucesso está
alcançada. As atuações assombrosas de
Jason Tatum e Jaylen Brown na pós temporada anterior deixavam claro que os
Celtics, possivelmente, seriam os Warriors do Leste. A conta, no entanto, não
vem batendo. Brad Stevens, apesar do gênio que é, encontra dificuldades em
acertar a equipe com Kyrie Irving e Gordon Hayward.
O time oscila demais. Vence jogos grandes e desafiadores e
sofre contra adversários menos capacitados. Algumas dúvidas começam a surgir em
Massachusetts: A temporada passada foi um ponto fora da curva de Jason Tatum?
Danny Ainge fará outro de seus movimentos ousados? Kyrie fica para o ano que
vem? Até que ponto vale a pena manter Rozier no elenco?
O excesso de bons jogadores e a capacidade do técnico em
extrair o melhor de cada um fazem imaginar que os Celtics entrarão quentes nos
playofffs . O inicio claudicante, contudo, põe em risco um mando de quadra
valioso num Leste tão equilibrado. Se existe uma franquia com camisa e história
para dar a volta por cima, essa é o Boston. São poucas as equipes que possuem 3
All- Stars no roster. E apesar de uma certa desconfiança que paira no ar,
talento reunido costuma dar certo quando se separam os homens dos meninos.
Palpite: Briga pelo título
6º- Brooklyn Nets
Campanha: 24V/23D
Certamente a grande história da temporada, o patinho feio de
New York é o exemplo claro de como sair do fundo do poço após anos de más decisões. A começar pela horrível troca pelos já veteranos e em queda de produção Kevin
Garnett e Paul Pierce, minando a renovação da equipe e dando seu futuro nas
mãos do Boston Celtics. Seu proprietário, o russo Mikhail Prokhorov, parece
enfim ter entendido que ele é melhor nos negócios do que em gestão esportiva.
De uma maneira singular, buscando bons coadjuvantes e com olhos atentos com as
escolhas de Draft obtidas mais tarde, Sean Marks arrumou a casa e com nomes nem
tão badalados como os raçudos Ed Davis, DeMarre Carroll e Keneth Faried, e o bom Shabazz Napier. D’Angelo
Russell chegou para ser o dono da equipe e corresponder a enorme expectativa
que não se confirmou no Lakers. Spencer Dinwiddie vem jogando como nunca na
carreira . Grandes achados no Draft , como
Jarrett Allen (dono do visual mais cult da liga) e Caris LeVert (infelizmente
lesionado), adicionados aos nomes já mencionados formam um elenco coeso e bem
treinado por Kenny Atkinson. Destaque ainda para os calouros Rodions Kurucsv (guardem esse nome) e Dzanan Musa (este também), gatilhos de perímetro e
versáteis jogadores compatíveis com a NBA atual.
Chegar aos Playoffs já seria um grande feito para o primo
pobre da Big Apple, porém o que dá mais esperança aos torcedores do Brooklyn é
ter a noção de que a equipe está no caminho certo com um planejamento
consistente e, porque não, atrair Free Agents
na próxima janela. Afinal, estamos falando de New York.
Palpite: Classificado aos playoffs
7º - Miami Heat
Campanha: 22V/22D
Entra ano e sai ano, Erik Spoelstra mostra ser um técnico de
elite. Visto como fraco e permissivo na
era LeBron James em Miami, sem grandes nomes e com um grupo bastante questionável, conduz o Heat novamente
a brigar pela pós temporada. É bem verdade que os contratos absurdos dados a
Hassan Whiteside e Kelly Olynyk minam uma reconstrução que até seria o
movimento mais correto. Com nomes como Dion Waters (!!!), Josh Richardson e
Tyler Johnson, uma equipe que certamente estaria na rabeira do Oeste, faz jogo duro
contra qualquer oponente. Goran Dragic (que não vive seu melhor momento), talvez seja o jogador mais capaz, o que já da uma amostra de qual o teto da
franquia da Flórida . Justice Winslow ainda não deu (e provavelmente não dará) um salto a mais na carreira.
A conferir ainda a última dança de Dwyane Wade, que
surpreendentemente vem colaborando e muito dentro de quadra. Façam- se todas as
homenagens ao maior nome da história do Heat. O limite da equipe parece ser mesmo um 1st round valente
contra um adversário mais capaz, e olhando a profundidade do elenco, já seria
mais do que o esperado. Caso os playoffs se distanciem, alguns nomes podem ser
trocados para contenders e aliviar a pesada folha salarial. A ver qual será a
nova mágica de Spoelstra para o ano que
vem, já que Miami costuma ser um destino atrativo para Free Agents.
Palpite: Briga por playoffs
8º - Charlotte Hornets
Campanha:22V/24D
Uma equipe estar na zona de classificação com campanha
negativa sempre será algo curioso. Num Leste aparentemente sem dono e onde
qualquer jogo se mostra disputado, ter um nome como Kemba Walker é o que faz os
Hornets beliscarem a última vaga até aqui. Extremamente subestimado e com poder
de decisão gigante, Kemba entra em seu último ano de contrato com um salário de
míseros 12 milhões de dólares. O absurdo é tão grande que outros 5 jogadores
têm salários maiores no elenco e Walker é apenas o 46º armador mais bem pago da
liga!
Então surge a grande dúvida: A renovação acontecerá com
garantias de um time mais competitivo? Ou Kemba irá atrás de outra casa que lhe
dê uma equipe realmente capaz? Os boatos apontam que a renovação sairá (Kemba
já disse varias vezes que Charlotte é sua casa).
Como sabido por muitos, Michael Jordan foi melhor jogador do
que owner, e a prova disso é que dar 24 milhões anuais a Nicolas Batum e 13,5 a
Cody Zeller não ajudam em nada o time a ser mais forte. O que parece ser a cura pode ser justamente o
veneno: a presença de Walker traz vitórias e de certa forma impede que se
inicie um rebuilding que já passou da
hora (e a culpa não é dele).
De positivo, o retorno de Malik Monk e o bom achado de Miles
Bridges no Draft, ala de enorme futuro e extremante versátil. Por ser uma franquia nova (e má administrada), falta aos
Hornets uma identidade e mentalidade vencedora típica das equipes universitária
da Carolina do Norte. Uma cultura de sucesso, como o San Antonio Spurs.
Estagnado, Charlotte tem força suficiente para chegar na
pós temporada, e considerando a grandeza de seu dono e o talento de seu armador, parece ser um objetivo bem
modesto.
Palpite: Briga por playoffs
9º - Detroit Pistons
Campanha:20V/ 25D
Na contramão da NBA
atual, os Pistons trouxeram Blake Griffin para formar um garrafão monstruoso
com Andre Drummond. Trouxeram também o melhor técnico do ano passado, Dwayne
Casey. O problema é que não notaram que Blake não é mais o mesmo jogador de 5
anos atrás, tem histórico de lesões, e o elenco não é exatamente o mais
profundo da liga. Cabe a Reggie Jackson, Jose Calderon e Langston Galloway, armar a equipe e colocar as torres gêmeas no
jogo, e é aí que mora o problema.
A falta de um backcourt mais talentoso e mismatches, os adversários exploram em Griffin e Drummond, que por não serem tão ágeis, dificulta
a vida da equipe. A pontuação vem basicamente do garrafão e a perda de Tobias
Harris na troca por Blake enfraqueceu demais, tanto a marcação de perímetro
quanto os potenciais chutes de fora.
Ao seu modo, os Pistons vão brigando enquanto podem, porém a
falta de atratividade da franquia tanto para outras estrelas, quanto para a própria fanbase. Alguns
contratos bem questionáveis como os de Reggie Jackson e Jon Leuer , tiram o poder de se reforçar..
A capacidade de Casey e o talento no Low Post podem até dar um gás na reta final, mas fato
é que a cidade dos motores vive mais de seu passado e o grande time da década
de 80/90, do que do presente.
Palpite : morre na praia
10º - Washington Wizards
Campanha: 19V/ 26D
Bagunça. Não há outra palavra para descrever os Wizards.
Scott Brooks perdeu o vestiário há algum tempo e a cada dia fica mais claro que
John Wall mais atrapalha do que ajuda.
Marcin Gortat já
havia declarado que com Wall a equipe não iria a lugar nenhum (e foi trocado
pouco tempo depois). Além disso, o experimento Dwight Howard para subir um degrau é um
movimento com atraso de 10 anos.
Basta notar o desempenho da equipe com Wall em quadra e após
a sua lesão. O comportamento dos jogadores e sobretudo de Bradley Beal deixam
claro o câncer que John Wall é. E não se referindo ao atleta e sim ao seu estilo e comportamento de
vestiário.A saída de Kelly Oubre JR também merece destaque negativo.
Surpreendentemente, os rumores apontam ser mais provável uma
troca de Beal do que Wall finalmente deixar a capital. O elenco não é de todo
ruim. Peças como Tevor Ariza( que acabou de voltar), Markieff Morris, Tomas
Satoransky e Otto Porter JR fariam mais sentido num time melhor treinado.
Aparentemente o Front Office ainda acredita que podem conseguir alguma coisa
nessa temporada.
A reconstrução é inevitável. Com esse time, os Wizards não
irão a lugar algum. Resta saber de que maneira eles irão fazer isso.
Palpite: morre na praia
11º - Orlando Magic
Campanha: 19V/ 27D
Nikola Vucevic faz a melhor temporada de sua carreira. Aaron
Gordon, se ainda não virou um All- Star, se solidificou como um grande
jogador. Mo Bamba não causou o impacto desejado (algo que já era esperado),
Evan Fournier pode ser um grande coadjuvante. Mas o que falta ao Magic já há algum tempo é um legítimo Franchise Player. Será Jonathan Isaac?
Fato é que mesmo com boas atuações e sinais de que com mais
tempo os jovens irão evoluir, Orlando não tem cancha ainda para bater de frente
com Boston ou Toronto. Steve Clifford é um técnico muito bom e necessita de
mais tempo e ajuda do GM para colocar o Magic de volta às capas de jornal. É
bom ver uma franquia tradicional sendo ao menos competitiva, porém, é possível
que cheguem ofertas por jogadores que fazem mais sentido em postulantes ao
campeonato (destacadamente Vucevic.e
Fournier) e o time entre em queda livre.
Com provavelmente mais uma boa escolha de Draft, cabe aos
executivos tentarem atrair estrelas para Orlando, que assim como Miami, largam na
frente no quesito atratividade financeira pelos benefícios do estado da Flórida
. A fanática torcida merece um time forte outra vez.
Palpite: morre na praia
12º - Atlanta Hawks
Campanha: 14V/31D
Por incrível que pareça, os Hawks tem alguns pontos a serem
elogiados. Antes da temporada, sem duvidas eram o elenco mais fraco da liga e
candidatíssimos a escolha número 1 no Draft. Fato é que recentemente a equipe
passou a vencer jogos improváveis, e mais do que isso, seus jovens atletas
mostram um desempenho acima do esperado.
Pese contra o pecado de ter passado Luka Doncic (e a julgar
pelo desempenho do esloveno em Dallas, será algo lembrado para sempre), Trae
Young dá sinais de que pode ser um
pontuador como poucos na liga. Cria e executa seus arremessos de diferentes
maneiras e em varios pontos da quadra. Um jogador moderno e é o que a NBA pede
hoje em dia. Olhando de fora, Atlanta parece ter copiado um pouco do que o
Golden State Warriors conseguiu implementar. Dois scorers natos (Young e Kevin
Huerter) e um defensor muito bom (Omari Spellman).
John Collins provavelmente não será o novo Kevin Durant, mas
o que o segundo anista vem mostrando na temporada é digno de elogios. Outros
bons nomes como Taurean Prince e DeAndre Bembry completam o novo Hawks. Faria
bastante sentido se desfazer de Kent
Bazemore e Miles Plumlee e deixar que Vince Carter seja o mentor dessa nova
geração.
Para uma franquia, que era potência até 3 anos atrás e se
refez do zero, o caminho parece estar mais bem trilhado do que alguns de seus
adversários de Conferência.
Palpite: escolha top5 no Draft
13º -New York Knicks
Campanha: : 10V/34D
Como é possível a franquia mais valiosa da NBA estar a mais
de 40 anos sem titulo? Pior que isso, sem nenhuma perspectiva de melhora? O torcedor de New York até sabe os motivos deste caos na
franquia. Recentemente, Phil Jackson foi um desastre como GM. A vinda de
Carmelo Anthony, apesar de alguns bons momentos, não foi o ressurgimento dos
Knicks. Varias trocas horríveis (como as de D-Rose e Joakim Noah) e apostas em
atletas nem tão confiáveis, como Tim Hardaway JR e Courtney Lee, evidenciam a
total falta de planejamento.
Kristaps Porzingis
foi um achado e tanto, e seu inegável talento talvez seja uma das poucas
luzes no fim do túnel. As corriqueiras lesões o travam para ser a cara que a
franquia tanto precisa nessa reconstrução. Frank Ntilikina cada vez mais vai
mostrando não ser tudo que se imaginava, assim como Emmanuel Mudiay e Noah
Vonleh. Enes Kanter, apesar de sua deficiência defensiva e a divisão entre
carreira e envolvimento em assuntos políticos, parece ser uma peça útil.
A falta de conhecimento e tato para o basquete do próprio
dono sabotam a equipe mais do que todos os outros defeitos. Muito polêmico, não
faz questão de esconder que trocaria o letão pelo preço certo, o que não
colabora para um bom ambiente de vestiário e bastidores. Rumores de que Kevin
Durant vestiria azul no ano que vem surgem com força a cada semana. Uma bomba
que, se confirmada, mudaria os Knicks completamente de patamar. Uma dupla
Porzingis e Durant é pornográfica e imparável. Aliada a um jovem e ainda cru
Kevin Knox, porém de inegável talento, poderia fazer estrago nas mãos de Scott
Fizdale. A saber até que ponto Durant se sente seduzido por um projeto sem
muito método.
Palpite: escolha top 5 no Draft
14º - Chicago Bulls
Campanha: 10V/36D
Se já não existiam muitos motivos para assistir alguns jogo
dos Bulls neste ano, a lesão na mão de Wendell Carter JR o tirou da temporada e
o pouco que sobrava de coisas boas no time. A princípio a ideia do Tanking não parecia ser o rumo da
equipe no ano, mas as contusões logo
cedo de Kriss Dunn e Lauri Markannen tiraram minutos preciosos da evolução de
ambos. A renovação de Zach Lavine e a chegada de Jabari Parker mostraram que a
ideia era de brigar pelos playoffs. Mas a demissão estranha de Fred Hoiberg (embora justificável) deixou claro que a dupla Gar/Pax segue completamente
perdida, apesar de sempre dizerem que sabem o que estão fazendo. Denzel
Valentine não confirmou seu hype de NCAA, e Bobby Portis batalha sozinho num
time sem alma. RJ Barrett seria uma adição e tanto para a equipe, um ala
extremamente talentoso. Cair no hype de Zion Williamson seria mais um erro no
currículo vasto dos GMs.
Para que esse Bulls seja o time do futuro, talvez seja
necessário mais ousadia e uma troca nos cargos gerenciais. Este elenco, a cada
semana que se passa, dá cada vez mais certeza que ainda está muito longe de ser uma
nova potência do Leste. Com um Sallary Cap de bastante espaço, tentar um All
Star em 2019 pode ser um meio diferente de voltar as glórias. Já imaginaram
Kyrie Irving ou Kevin Durant vestidos de vermelho?
Palpite: escolha top3 no Draft
15º- Cleveland Cavaliers
Campanha:9V/38D
O grande rival do Bulls pela primeira escolha geral também
parecia não se planejar pra isso. A renovação bem cara de Kevin Love dava
indícios de que uma vaga em playoffs estaria de bom tamanho. A lesão e perda de
metade da temporada (sem surpresas), fez os rumos se ajustarem. Tristan Thompson
permaneceu e vem jogando bem, um movimento que parece ser acertado em começar
uma reconstrução com pelo menos um jogador de bom nível. Kyle Korver foi para
o Jazz e J.R Smith ainda não teve seu pedido de troca atendido.
Collin Sexton é talentoso para ser o futuro da equipe, e com
os promissores Cedi Osman e a futura escolha (provavelmente Zion), aos poucos
Cleveland parece ir se acertando. O título de 2016 foi histórico e possivelmente os Cavs não
serão manchete tão cedo, então o melhor a se fazer é reorganizar através de um elenco
de qualidade, afinal, não é todo dia que aparece um LeBron James.
Palpite: escolha top3 do Draft
Imagens: nba.com
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