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Luka Modric é o pior 'The Best' da história? Veja o que dizem os números




Após 10 anos de uma dinastia indiscutível de Cristiano Ronaldo e Messi, Luka Modric ganhou o prêmio de melhor jogador do mundo na última temporada. Nos 10 anos em que os dois maiores fenômenos do futebol moderno receberam tal honraria, ninguém fora capaz de discutir a escolha. A pergunta que fica é: foi justa a coroação de Luka Modric? 

Pelo Real Madrid, Modric bateu seu recorde de assistências na temporada 2017/18, um número que apesar de ser o maior da carreira, me parece baixo para um "melhor do mundo". O camisa '10' merengue deu 8 passes para gol em toda a temporada europeia, sem contar, claro, a seleção croata. Na Uefa Champions League, em uma temporada que o Real alcançou o histórico tri-campeonato consecutivo, o maestro deu apenas 1 assistência em 11 partidas disputadas. Quando o assunto é bola na rede, as estatísticas são ainda piores. Modric marcou apenas dois gols pelo Real Madrid em toda a temporada, em um total de 43 jogos disputados; média de 1 gol a cada 21,5 jogos. 

Vamos voltar um pouco no tempo e recordar o último melhor do mundo antes da Era Messi e Cristiano; o brasileiro Kaká. O então camisa '22' do Milan marcou 20 gols e deu 12 assistência na temporada 2006/2007, quando foi eleito o melhor do mundo pela FIFA. Na Champions League,  principal competição do calendário europeu e que foi vencida pelos italianos naquele ano, o brasileiro foi o artilheiro, melhor jogador e ainda deu 5 assistências. Note a diferença: Kaká participou diretamente de 15 gols do Milan na Champions, enquanto Modric, participou de  apenas 1 tento blanco em 17/18.

Por que comparei os números do croata com os do brasileiro? Pois bem, é óbvio que comparar com os feitos de Messi e Ronaldo seria covardia. No entanto, a piedade é uma qualidade pela qual não sou reconhecido. Para tornar isso um pouco mais justo (o que é impossível), vamos pôr na conta do meia madridista os números dele pela seleção croata, por quem marcou 3 gols e deu 3 assistências. Confira:


Números são extremamente subjetivos, eu sei, muitas vezes um jogador tem tanta qualidade e faz tanta diferença em um esquema tático, que eles acabam não sendo capazes de mostrar tamanha importância. Não ponho em dúvida a qualidade do craque croata, que fez uma ótima Copa do Mundo, levando sua seleção à uma campanha histórica. Entretanto, qual a finalidade desse prêmio? Se o intuito dele é destacar um atleta em meio a um elenco vencedor, acho que escolha foi especialmente erronia. Modric é jogador do Real Madrid, clube que venceu as últimas três edições da Liga dos Campeões. Cristiano Ronaldo foi o grande artilheiro da última edição, assim como das outras, e se foi eleito o melhor do mundo após as duas conquistas anteriores, por que não foi o escolhido em 2018 também? O mundial de seleções, na minha opinião, não deveria ser tão relevante. O gajo marcou 44 gols e deu 8 assistências em 44 jogos na temporada passada; média de 1 gol por partida! No quesito relevância, não há como comparar. 

Outros jogadores também tiveram grande destaque em 2017/18, como Mohamed Salah e, claro, Lionel Messi. O argentino foi fundamental no doblete nacional conquistado pelo Barça, marcando 45 gols e dando 18 assistências. Claro, o Barcelona passou longe da conquista europeia, o que de fato distancia qualquer jogador desse tão desejado prêmio individual. Porém, o egípcio Salah, que fez uma temporada magnifica com a camisa do Liverpool, fosse talvez o nome mais indicado. O atacante dos reds marcou 44 gols e deu 16 assistências em 2017/18, levando o Liverpool ao vice-campeonato europeu e a uma bela campanha na difícil Premier League. 

Por mais que chegar à final da Copa do Mundo com a desacreditada seleção croata seja um feito incrível, isso não deveria de forma alguma credenciar Modrid ao título do prêmio máximo entre os atletas, é um exagero. O meia deu 1 assistência e marcou dois gols na Copa da Rússia, números inferiores à jogadores da própria Croácia. Nas 10 temporadas em que Messi e Ronaldo dividiram o reinado, essas estatísticas foram abissais, extremamente fora do normal. Ronaldinho Gaúcho, outro gênio, eleito melhor do mundo em 2006, teve uma temporada onde marcou 30 gols e deu 21 assistências; outro exemplo do que significa ser o "homem do ano" no futebol mundial. Entenderia a escolha se não tivéssemos mais jogadores capazes de  números tão estupendos, porém, eles estão aí, e devem ser reconhecidos. Entregar o troféu de melhor do mundo a um jogador que participou ativamente de 10 (6,2%), dos 148 gols do seu time na temporada, enquanto no mesmo elenco um tal de Cristiano Ronaldo participara de 52 (35%); é um desrespeito com os fãs do futebol.

Não são apenas números, são estatísticas que apontam o quão relevantes esses jogadores foram para seus respectivos clubes e seleções. Com todo respeito, Modric foi importante, mas tudo poderia ter acontecido exatamente igual para Croácia e Real Madrid se ele não estivesse em campo. A FIFA deveria repensar esse prêmio, pois Luka Modric o transformou em uma grande piada. 

Para encerrar, deixo os números de Messi e Ronaldo quando melhores do mundo: 
(Lembrando que não computamos os números por suas seleções, apenas clubes)

Lionel Messi: Números quando foi melhor do mundo





C. Ronaldo: números de quando foi o melhor do Mundo

Fonte das informações: site transfermark
Imagem destaque: uefa.com

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