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Hoje, é dia de Brasil no Russão 2018!





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No Twitter da jornalista da Jovem Pan Vera Magalhães, me chamou atenção o seguinte comentário:

“Quem fica aí de mimimi, rabugento com a Copa, não deve ter criança por perto. Nem lembrar de como era feliz na infância. Copa é demais. E tá faltando leveza na vida, gente.”

Lembro-me realmente que éramos mais animados décadas atrás durante as Copas do Mundo. Não sei se porquê eu era criança, mas via as ruas pintadas, os papéis picados pelas janelas, a camisa verde e amarela transitando por todas e quaisquer esquinas deste País; por outro lado, via menos pessoas reclamando pelos cantos, torcendo contra nossa Seleção. Os pessimistas de ontem não eram os chatos de plantão de hoje.

Se tivemos a Copa das Copas em 2014, depois a Rio 2016; ficamos apenas largado sem o legado do que haviam prometido. Entretanto, isso não pode servir de modelo para que nos afastemos daquilo que sempre nos uniu: o futebol, a crença de ser campeão mundial. Não havia cor, raça, credo ou religião. Não havia coxinhas ou mortadelas, éramos palmeirenses e corintianos, torcendo pelo Sócrates ou São Marcos. Éramos Brasil.

O futebol já não é mais o mesmo; não mais nos identificamos com nossos jogadores, mas ali, durante 90 minutos, quiçá, por 07 partidas, eles representam nossa Nação. Podem não saber a letra – e quem poderá dizer que sabe inteira – do Hino Nacional, mas estão lá com a mão no peito.

Já não sabemos mais cantar o Hino da Bandeira, porque ela também está esquecida. Precisamos resgatar o amor pelos nossos símbolos e agora pela nossa Seleção.

Nossas crianças merecem uma sala enfeitada; nossos filhos merecem comemorar os gols, seja de Neymar, Paulinho ou Gabriel Jesus. Eles precisam ter a chance de torcer. Não podem ser penalizados pela corrupção de nosso país, da classe política, da CBF ou do meio empresarial.
Nossas crianças precisam sonhar com o hexa, mas também precisam sofrer e chorar eventual desclassificação. Elas precisam ter este direito de decorar a sala de casa e se encantar com o brilho das cores nacionais.

Precisam chutar uma bola mesmo que ela seja somente um trapo de meia. Precisam ter uma camisa  verde e amarela, mesmo que ela exista apenas na sua imaginação.

Elas precisam de educação sim, mas precisam olhar para a Televisão com a leveza pueril que somente elas podem ter, mesmo que seja o único gol brasileiro nos sete a um. 

Eu sou Copa do Mundo. Devemos ensinar o patriotismo nos assuntos mais importantes, mas também naquele que envolve apenas chutar uma bola ao gol.

Queria sim ter brasileiros ganhando o Prêmio Nobel, mas não quero passar este mês com meu país fora da Copa do Mundo.

Quero torcer contra a Argentina, completar álbum de figurinhas, xingar o Neymar, ver os amigos do Facebook na Rússia e errar tudo no bolão da firma. Quero o Pedro com o brilho nos olhos ao ver sua casa enfeitada de verde e amarelo, esperando ansiosamente pela pipoca que irá acompanha-lo em seu primeiro jogo de Copa do Mundo.

Somos Brasil e precisamos voltar a ser um único Brasil. Hoje, tem Brasil. Tem Brasil na Copa do Mundo 2018. Pelo menos, por hoje e pelos próximos jogos. 

Um Brasil sem divisões. É o que precisamos para o futuro deste País.



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