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Road to Road 3 – American Airlines Arena, aí vamos nós!



Os anos se passaram, Pedro chegou e as lembranças de 2014 ainda estavam na memória, quando decidimos visitar o Mickey mais uma vez e comemorar o seu quarto aniversário naquela terra mágica. O primeiro compromisso oficial em terras americanas foi encontrar nossos amigos brasileiros Jother e Eni em Coconut Creek, cidade com aproximadamente 50 mil habitantes, há uma hora de estrada de Miami, mas já estávamos ansiosos para o dia seguinte: Miami Heat vs. Golden State Warriors no AAA – American Airlines Arena.

O jogo tinha início previsto para 19:30 horas, porém nossa programação indicava que deveríamos chegar até 18:00 horas e mais adiante eu lhe explicarei o porquê.

Você, leitor quase assíduo e apaixonado por Esportes, já percebeu. Tenho falado muito em planejamento, afinal estamos fora de nosso país e todo tipo de informação é necessária para que tudo ocorra perfeitamente, ainda mais quando estamos acompanhados de uma criança de 04 anos e sua avó Dalva. Soma-se a isso a dificuldade com a língua, no meu caso; diferentemente de Camilla, nossa bilíngue; todo passo precisa ser pensado e organizado.

Nada podia dar errado, aliás, tudo tinha que dar certo, pois tínhamos que criar uma experiência fantástica para todos nós!

Se você comprar seu ingresso pela Ticketmaster, receberá a confirmação de compra em seu e-mail. Provavelmente, haverá uma mensagem para você baixar o ingresso eletrônico ou que deverá retirá-lo na bilheteria no dia do jogo.

Mesmo que você compre os ingressos por meio de uma agência de Turismo no Brasil, também deverá receber um voucher e com ele deverá comparecer à bilheteria do AAA.

A minha dica: baixe o aplicativo do Miami Heat em seu celular, vá em “tickets”, acesse o aplicativo com login e senha da Ticketmaster e os seus ingressos estarão automaticamente no seu celular.

Resolvida a questão dos ingressos, o próximo passo seria organizar a ida para o AAA.

No site www.aaarena.com, você encontra a resposta em “Plan Your Visit”. Existem estacionamentos próximos, caso você queira ir de carro, mas havia lido na internet que o trânsito ficava caótico na região. Descartado. O site nos indica também metrô, trem, ônibus e até um tal de “Brightline´s express train”, com horários e a descrição passo a passo de como o torcedor pode chegar com a utilização de transporte público. Descartado, porque estávamos um pouco afastados do AAA.

A solução: ir de UBER. Usar UBER nos Estados Unidos não requer nenhum conhecimento técnico diferente daquele que já estamos habituados em nosso país. Na ida, nosso motorista foi um latino; na volta, um brasileiro. Aconselho apenas andar alguns quarteirões e deixar o AAA para trás. Assim, será mais fácil pedir sua carona, haverá menos trânsito e será até mais seguro.

O site do American Airlines Arena nos traz todas as informações necessárias para a visita do torcedor. Desde os objetos que são permitidos ou proibidos até a utilização de câmeras, a informação que você precisa estará lá. Tenha paciência, use muito o Google Translator e seja feliz.

Normalmente, os portões do ginásio são abertos com uma hora de antecedência para o início do jogo. Eu e quem está comigo somos sempre os primeiros a chegar, porque gostamos daquela atmosfera pré jogo e todo aquele conteúdo programático que o acompanha.

Desta vez, havia algo diferente no ar e foi obtido alguns meses antes da nossa jornada. Tal como 2014, quando pensei em homenagens para nossa mãe grávida Camilla, novamente me veio a ideia de preparar algo, já que tínhamos a comemoração de um aniversário. Quantos vídeos já vimos por aí com algum pedido de casamento, quanta emoção aquela família passou com o retorno (surpresa) do soldado que estava na Guerra; enfim, pensei em tudo que poderia ser feito e fiz o simples. Achei o “Contact Us” no site do AAA e mandei uma mensagem. Queria ter uma experiência fantástica em nossa primeira visita ao American Airlines Arena.

A resposta não foi imediata, até demorou, mas veio. Confesso que sonhei com um “Happy Birthday” do Dwyane Wade e um bolo para o Pedro, mas o que o Miami Heat nos ofereceu valeu a pena. Entrar 30 minutos antes dos demais torcedores e assistir ao aquecimento dos jogadores. Era o chamado “Early Entry”.




Vou contar o que eu entendi. O Miami Heat tem um programa chamado “Fan Experiences” destinado a grupos de torcedores. São diversos tipos de atividades, tal como o “Halftime Experience”, no qual você poderá fazer uma apresentação ou jogar com seus amigos durante o intervalo do jogo. Quantidade mínima de ingressos vendidos no grupo: 500. Quer arremessar um lance livre após o jogo? Sim, é possível, desde que o grupo seja formado por 50 pessoas no mínimo.

Fica claro que tal programa é destinado ao pessoal que viajava em excursões tal qual aquelas antigas da Tia Augusta.

Minha sugestão: entre em contato, conte o seu sonho e peça, independentemente da quantidade de pessoas que seu grupo tem. Quem sabe você não consegue incluir o seu filho ou irmão caçula de 9-14 anos no “High Five Club”, permitindo a ele a experiência de cumprimentar os jogadores à beira da quadra antes do aquecimento?

Não se esqueça (nem esqueça na hora de ir embora) que você recebe um folder ou livro com todas as informações do jogo no portão de entrada. Além disso, os primeiros torcedores que entrarem ganharão algum tipo de brinde. Neste jogo, ganhamos uma pochete do Miami Heat.

Sempre procure nas lanchonetes do ginásio qual o souvenir que acompanha um dos combos vendidos. Nos jogos da MLB, por exemplo, são pequenos capacetes; na NBA, normalmente, copos comemorativos com a informação do jogo ou a ilustração de algum jogador. Na lojas, pode ser alguma camiseta.

Falando um pouco mais daquela noite, teve hot-dog, Bud-Light (por que ninguém traz para o Brasil?), foto com a tradicional faixa do Corinthians e teve jogo também. Que jogo (Miami Heat 126 x 125 Golden State Warriors)!



A partida foi disputadíssima com o Miami Heat liderando até metade do último quarto. Faltando 14 segundos, Kevin Durant errou um dos lances livres, mas o Golden State ganhava por dois pontos. Era o último ataque do Miami. Bola com D-Wade. Último arremesso da linha dos três e é bloqueado! Não! Mas a bola volta para ele que a lança de forma desgovernada para a tabela... é cesta de três pontos, virada fenomenal para explosão da torcida. D-Wade corre pela quadra, seguido pelos companheiros de time, enquanto o telão mostra Curry, Durant e Steve Kerr atônitos. Show! Lance histórico e para história!

Qualquer documentário sobre o maior jogador da história do Miami Heat mostrará este “winner ball” a 0,2 segundos do final da partida.

E nós estávamos lá, do “warm up” ao “buzzer beater”.






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