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Mulheres na NFL: A crescente participação feminina na Liga










Desde que comecei a acompanhar a NFL, há aproximadamente 5 anos atrás, o número de mulheres que compartilham comigo a paixão pela bola oval tem se multiplicado de maneira impressionante. No Brasil, temos, inclusive, podcasts e sites sobre futebol americano composto exclusivamente por mulheres, mas onde estão as mulheres que trabalham na NFL? À primeira vista, parece que somos representadas apenas na abertura do Sunday Night Football e quando as Cheerleaders são filmadas.

Segundo a Sports Illustrated, 8 dos 32 times da NFL tem como principal proprietária uma mulher: Kim Pegula - Bills; Virginia Halas McCaskey - Bears; Dee Haslam - Browns; Gayle Benson - Saints; Denise DeBartolo York - 49ers; Amy Adams Strunk - Titans; e Carol Davis – Raiders, sem mencionar os times que tem uma mulher como co-proprietária ou em posições de vital importância. Uma publicação da Forbes aponta que 45% da audiência da NFL é feminina e, das mais de 108 milhões de pessoas que assistiram ao Super Bowl LII, 49% eram mulheres. Segundo a mesma publicação, somos 27% mais atentas ao jogo que homens.

Ao invés de me animarem, os números acima me preocupam, ¼ dos times é comandado por mulheres e quase metade da audiência é feminina: por que ainda temos a falsa sensação de sermos um pequeno grupo? Por que apenas as animadoras de torcidas aparecem, por breve tempo, nas transmissões? O departamento de Marketing tem se preocupado tanto com as opiniões e comportamento dos jogadores (Vide artigo: “NFL: Marketing e Liberdade de Expressão) e se esqueceu de mostrar o trabalho das mulheres nos times ou em cargos de diretoria na liga.

Quanto tempo vai demorar para que tenhamos mulheres, não só como repórteres de campo, mas comentando o jogo e participando mais ativamente nas transmissões? Será que algum dia assistirei a WNFL na TV, assim como já dedico considerável tempo à WNBA? Adoraria ter acesso a documentários que contem mais sobre como as proprietárias e co-proprietárias de times têm cooperado para o crescimento da franquia, sua contribuição para o esporte e, quem sabe um dia, sua presença no Hall da Fama

Pior do que faltar representatividade, é faltar cobertura às representantes existentes.

Fontes:

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