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Os segundos para a glória



Vinte e dois segundos, nove milésimos; este era o tempo restante no relógio quando no dia de hoje, vinte anos atrás, John Stockton conectou Karl Malone com uma passe no garrafão. Malone recebeu a bola, fazendo o seu trabalho de pivô, de costas para cesta, marcado por Dennis Rodman, no que seria o ataque do jogo. O ataque poderia deixar o Utah Jazz em até duas posses de vantagem contra o Chicago Bulls, pra levar a série final da NBA para o sétimo e decisivo jogo. Chicago que buscava o sexto título da franquia, o segundo tri-campeonato.

Os Jazz lideravam o jogo por 86-85, quando um certo Michael Jordan, vindo de lugar algum, roubou a bola do pivô de Utah com vinte segundos restantes no relógio. Com a calma esperada de um dos maiores da história, a medida em que o cronômetro baixava, Jordan cruzava a quadra pacientemente. Em contra partida, o torcedor dos Jazz prendia a respiração, pressentindo o time morrer no jogo seis pelo segundo ano consecutivo.

Jordan cortou da esquerda para direita, em direção ao centro da quadra. Na cabeça do garrafão, usando de um artifício que para os fãs de Utah, ainda hoje é considerado uma infração, deixou Bryon Russel no chão e subiu para o aquele que seria o seu último arremesso com a camisa da equipe de Chicago.

A bola seguia em câmera lenta em direção ao aro laranja, levando com ela as esperanças da equipe da casa de colocar de vez o nome do incrível elenco que tinham no teto da arena, para concretizar o seu legado. Não foi o que o destino quis. Com 5,2 segundos, Jordan colocou os Bulls a frente do placar; 87-86
Os Jazz ainda teriam um último ataque para forçar o retorno para Chicago, mas o destino estava traçado. A dinastia vermelha e branca se confirmava, assim como o fim de uma era sem igual no mundo do basquete, principalmente da NBA.

Jordan anunciou a sua aposentadoria após o fim daquela temporada, e o resto é história.

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