elclasico-removebg-preview

News

Futebol brasileiro, está chato de assistir



"Ter ou não ter a bola". Antes da partida da seleção brasileira contra o jovem time da Nigéria, estava pensando nos últimos três últimos jogos sem vitória do time brasileiro. Agora são quatro. A seleção está muito previsível, repetitiva e burocrática.

Muito pior são os times brasileiros. Não aguento mais os dois volantes em linha, sem tentar um passe para a frente, para o companheiro entre o meio-campo e a defesa adversária. Não aguento mais os dois pontas somente abertos, atacando e defendendo, como secretários dos laterais.
Não aguento mais o meia de ligação parado entre o meio-campo e os zagueiros, sem espaço, encaixotado, sem receber a bola livre, além de não participar da marcação. Não aguento mais o centroavante fixo, de costas para o gol, entre os dois zagueiros, à espera de - quem sabe? - sobrar uma bola para marcar.
Não aguento mais tantos chutões da defesa e tantos cruzamentos para a área, para contar com a sorte de a bola sobrar para o atacante finalizar. Não aguento mais ver os times recuando, para fechar os espaços perto da sua área, com oito ou nove jogadores, para contra-atacar, longe do gol adversário.
Não aguento mais tantos clichês e blablablá de comentaristas após os términos de partida.
Claro, é eficiente e necessário que as equipes nitidamente inferiores individualmente marquem mais atrás, para contra-atacar, quando enfrentam um time superior. É o que tem feito, muito bem, o Bahia. deveriam ser exceções de estratégias, não regras!

Mais importante que a estratégia é a qualidade dos jogadores, que precisam das boas estratégias para brilhar. 
O Flamengo é uma das exceções no Brasil, pela qualidade individual, pela intensidade, pela movimentação. Quando a bola rola, não dá para desenhar na prancheta se o Flamengo joga com dois volantes, um ou nenhum, se Éverton Ribeiro atua pela direita ou pelo centro, além de outras indagações.
Na Europa, os dois melhores times coletivos do mundo, Liverpool de Klopp e Manchester City de Guardiola, na prancheta, jogam no 4-3-3, mas, em campo, é difícil acompanhar as posições dos jogadores. São diferentes das outras equipes.
Precisamos de mudanças urgentes, nosso entretenimento da bola, está cada vez mais previsível, repetitivo e burocrático. Resumindo, chato de assistir.


Nenhum comentário