Força Abel, não seja refém da mídia influenciadora!
Todos
que trabalham no futebol, em vários setores, deveriam refletir e reconhecer as
virtudes, os acertos, os erros e as próprias limitações. Somos muito mais
sábios do que imaginamos e muito mais ignorantes do que percebemos.
Percebo
que muitos comentaristas esportivos, sejam eles ex-jogadores ou não, confundem
as posições e as funções de alguns jogadores, o que está em alta não é o
conhecimento, mas sim a opinião pública. O importante é gerar discussão e
participação.
As verdades no
futebol são, geralmente, relativas e passageiras. Abel Braga, até ontem era uma
incerteza, hoje, vive seu momento de alívio e refrigério, sem ceder às mudanças
que a mídia tanto insiste em dizer que seria a melhor escalação.
Acho
Abel Braga um técnico muito bom, diferenciado, estilo à moda antiga, - o que
não quer dizer que isso seja ruim. Não há razão para críticas tão massacrantes,
para triturá-lo e transformá-lo em um vilão, culpado de tudo.
Há dezenas de outros fatores
envolvidos nas atuações e nos resultados das equipes, como o acaso, os
problemas físicos, emocionais e disciplinares e, principalmente, a
qualidade dos jogadores.
As partidas entre times de nível
técnico parecidos, como Cruzeiro, Palmeiras, Inter, Grêmio e Flamengo, são
decididas mais por detalhes e pelas escolhas dos jogadores no momento do lance,
do que pelo planejamento e conduta dos treinadores.
O principal motivo do troca-troca
de treinadores aqui no Brasil, no meu entendimento, é a mídia. A prática
habitual de analisar as partidas a partir da conduta dos técnicos logo após os
jogos. Mais que isso, são os comentaristas que costumam iniciar as discussões
sobre a troca de treinadores. No dia
seguinte, ficam discutindo por horas, conceitos arcaicos que prevalece aqui no
Brasil.
Atualmente, o canhão da mídia está
direcionado insistentemente para Abel Braga, não importa se venceu 9 partidas
de 10, o que importa é que tropeçou em uma.
Força, Abel!
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