Que tal os Cowboys?
Em Julho de 2018 o Dallas Cowboys foi, pelo terceiro ano consecutivo, a franquia de esporte mais valiosa do mundo, à frente do Manchester United, Real Madrid, Barcelona, dentre outros. Segundo a publicação da Forbes o time vale 4.8 bilhões de dólares, uma soma 14% maior que os 4.2 bilhões do ano anterior. Além destes números o “time da América” é o responsável por mudar a fama da cidade de Dallas que, após o assassinato do Presidente John Kennedy ficou marcada negativamente na mente dos estadunidenses, transformando-a na “cidade do Dallas Cowboys”.
O time de Jerry Jones chegou oito vezes ao Super Bowl, das quais ganhou cinco, a última delas no ano de 1996. Desde então estiveram nos playoffs nove vezes, 1999, 2000, 2004, 2007, 2010, 2014, 2016 e nesta temporada, passando ao Divisional Round em apenas 3 (2010, 2014 e 2019), um jejum consideravelmente grande para os torcedores. No último jogo a torcida dos Cowboys lotou o AT&T Stadium e rendeu excelentes vídeos da comemoração após a vitória por 24 a 22 contra o Seattle Seahawks.
Especificamente sobre este jogo, arrisco dizer que a vitória foi um misto das chamadas bizarra de Seattle e o péssimo aproveitamento de um excelente QB, num jogo no qual Elliot correu para 137 jardas e Prescott jogou de forma segura e assertiva. De forma nenhuma pretendo tirar o mérito do time vencedor, mas para demérito do Seahawks a maneira como o jogo foi planejado pela comissão técnica, em especial os responsáveis pelo ataque, anulou as possibilidades de vitória, visto que matou os pontos fortes do time.
Neste sentido, há que reconhecer que este jogo mede mais as debilidades de Seattle que os pontos fortes de Dallas, noutro giro, é incontestável que Dek Prescott mostrou sua capacidade de ser um bom QB. Há necessidade de que o jogador seja melhor aproveitado e que o desenho das jogadas favoreça, não apenas seus pontos fortes, como, também, jogadores como Elliot que, certamente trará grandes alegrias aos torcedores do Cowboys. O saldo positivo deste jogo é perceber que a franquia, cada vez mais, está conhecendo suas forças e fraquezas a fim de trabalhar cada uma delas com o cuidado necessário.
O próximo desafio de Dallas é o time comandado por Sean McVay, quem teve uma semana a mais para descansar os jogadores e planejar-se para o Divisional Round. O Cowboys terá que explorar as falhas dos Rams como, por exemplo, o fato de permitirem ao time adversário correr 5.1 jardas por Rush, sendo 3 delas antes do primeiro contato, permitindo que jogadores como Elliot tenham liberdade para atravessar o campo com mais eficiência e rapidez.
Ressalto que, na última partida, houve um excelente aproveitamento do QB Dek Prescott, o qual deve, necessariamente se repetir para que os Cowboys passem pelo Divisional Round pela primeira vez desde 1996. Certamente jogadores e equipe técnica estão animados com a possibilidade do sexto Super Bowl, mas essa conquista depende de um time disposto a dar 110% de si para superar os excelentes adversários que tem pela frente. Se o Time da América tornará a trazer alegria para seus fãs, após um longo jejum, só o tempo dirá, mas desde já é possível perceber que o Dallas Cowboys dará trabalho nos próximos anos.
Fontes:
3 - Podcast Game Theory and Money com Cynthia Frelund e Matt Smith
Nenhum comentário