Vasco x SPFC na final da copinha é relembrar o passado, olhando para o futuro
O duelo da final da copa São
Paulo de futebol Jr de 2019 tem um tempero especial. Isso porque há 27 anos,
Vasco e São Paulo também duelavam na final da copinha. Como se trata de novos
talentos, do futuro do futebol Brasileiro, essa final é um convite a um passeio
de barco, velejando em todos tempos verbais – presente, passado e futuro.
No passado, em
1992, o Vasco de Valdir Bigode e Leandro Ávila venceu nos pênaltis o favorito
São Paulo de Catê e Alexandre. Os dois, que
seriam campeões da América no mesmo ano, morreriam em acidentes de carro.
O goleiro Alexandre naquele mesmo ano. O veloz ponta Catê, em 2011. O reserva
Doriva, que jogaria Copa 1998, a vida acabou sendo mais generosa. Ele não
era a lâmpada mais forte do candelabro, mas era dedicado e trabalhava em
equipe.
Fico pensando,
como a vida é maluca e não sabemos nada, a tragédia com goleiro Alexandre provavelmente
mudou a história de Rogério Ceni no Morumbi, e, certamente, a do SPFC.
O ponteiro do
relógio futebolístico não para, e agora podemos apostar em Tiago Reis, atacante
polivalente, ou Lucas Santos, abusado e hábil atacante do Vasco que só tem
1m64, mas joga e enxerga como gigante. Se ainda continuar no Vasco. O gigante
da colina, se continuar assim, novos talentos vão continuar saindo a preço dos
bananas que deixaram o clube assim.
No São Paulo, pode ser Antony o nome. Tem talento, sabe jogar. Se vai virar, ele e mais uma
boa molecada, nem Pelé sabe. – e olha que Pelé gosta de dar uns palpites
polêmicos. A única certeza que temos é de que a vida passa e a gente
envelhece. E aí, enfim, sabemos que não aprendemos nada.
O poeta Renato
Russo já dizia em uma de suas músicas: “Não sou mais tão criança, ao ponto de
saber tudo”.
Hoje, que vença o melhor, porque o futuro, a Deus pertence.
Créditos da imagem: Site Metrojornal.com / Rodrigo Almeida
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