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Colecionador Fenomenal




Ser corintiano não tem explicação. No período de maior seca, a torcida se multiplicou. Na maioria das vezes, nosso time não era o melhor tecnicamente, mas se sobressaia com a luta e raça de nomes como Biro-Biro, Ezequiel, Gilmar Fubá, Adil, Tupãzinho e Ralf.

São com exemplos como estes que nascem as paixões. Pelo Esporte, por um clube, pelo futebol, por uma Revista.

As paixões pelo futebol e pela Revista Placar, por exemplo, caminharam juntas na vida de muitas crianças da década de 80, adolescentes nos anos 90 e que viraram adultos na no novo milênio. Este é o caso de José Francisco de França Filho, cuja coleção envolve o Corinthians e as tradicionais revistas Placar.

Muitos de nós incomodávamos nossos pais semanal ou mensalmente, querendo que comprassem a Revista Placar. Para Chico, o assunto em casa sempre foi mais sério:

“Meu pai já era leitor da revista no início dos anos 1980. Em 1995, ele me deu a primeira revista Placar. Quando tinha uns 12 anos (1996), eu me interessei e passei a ler suas revistas antigas.


Comecei a colecionar em janeiro de 1999, quando tinha 15 anos, após comprar o pôster do Corinthians de Campeão Brasileiro. Na contracapa, tinha uma propaganda de uma revista especial da Placar "Grandes Clubes" (coincidentemente o primeiro Clube era o Corinthians) e comprei. E na edição de janeiro, era o Edílson Capetinha na Capa, por ter sido o Bola de Ouro na premiação da revista. A partir daí, não parei mais.

Compro as revistas mensais desde janeiro de 1999. Foi, na minha opinião, a melhor fase da revista, com  revistas especiais sobre os principais clubes, como as coleções "Grandes Clubes", que falava dos principais títulos da história de Corinthians, Palmeiras, São Paulo, Flamengo, Vasco e Fluminense e a "50 Times" com mini pôsteres das 50 melhores formações de Corinthians, Palmeiras, São Paulo, Santos, Flamengo, Vasco e Botafogo”.





Antes disso, ganhou sua primeira camisa do Timão aos 10 anos, mas só começou a colecionar muitos anos depois:

“Ganhei minha primeira camisa oficial do Corinthians dos meus pais no Dia das Crianças em 1994, quando tinha 10 anos. Era uma camisa listrada, fornecedor esportivo da Finta e patrocínio da Kalunga. 

Comecei a colecionar em 2012. Quando via algumas pessoas anunciando no Orkut e Facebook... comecei a entrar nesses grupos de internet e negociar. Até então, comprava camisa na fábrica da Nike por um valor menor, pois sempre comprava um modelo já antigo. Mas a coisa ficou séria mesmo em 2015. Antes, comprava de forma moderada, tinha um certo receio de comprar, de fazer o depósito e tomar calote. Mas como a maioria das compras era entregue em estações de metrô, me senti mais confiante para fazer a compra. É um tipo de negócio que você não vê muita sacanagem por parte dos vendedores. Vejo muita dificuldade de comprar dos grandes colecionadores. Acho que eles filtram ou vendem só para conhecidos. Por isso, acho melhor negociar com quem só quer vender uma camisa que não usa mais.

De 1992 para cá, tenho pelo menos uma camisa de cada modelo, seja ela branca ou listrada/preta ou terceiro uniforme. Há casos que tenho dois modelos ou até os três da mesma temporada. Tenho réplicas também de 1982 e 1990”.






Neste acervo, com paixões muito fortes pela Placar e pelo Corinthians, quais seriam seus destaques, Chico?

“As minhas camisas do Ronaldo do Corinthians são as mais especiais para mim, porque sempre fui muito fã dele, mesmo antes de jogar no Corinthians. E a minha última aquisição, a camisa em homenagem ao Senna”.
 
Nada mais justo do que dois fenômenos da nossa História Esportiva (corintiana, brasileira e mundial) para representar a dedicação deste colecionador.


Procure e conheça a coleção fenomenal do Chico no perfil do Instagram @colecao90.




Outros destaques de nossa entrevista: 
- Você teve incentivo de alguém ou começou a colecionar por conta própria?
“Comecei a colecionar por conta própria, foi algo muito natural. Tanto as revistas quanto as camisas.  As camisas sempre tive um carinho e sempre quis colecionar”. 

 – Tem um número aproximado dos itens do seu acervo?
“Tenho 50 camisas do Corinthians. 
20 camisas de outros times/seleções.
247 revistas Placar Mensal/Semanal.
Aproximadamente 50 revistas Placar Edição Especial.
15 Livros, 10 DVD's, 22 Pôsteres do Corinthians.
Um total de 413 itens de coleção. (aproximadamente)”.

- Tem ou teve outras coleções?
“Coleciono outros itens, mas de forma bem moderada, como camisas de outros times/seleções, pôsteres do Corinthians, DVD's de Futebol e Livros de Futebol/Corinthians.

Coleciono DVD's da DC, Trilogia do Superman dos anos 70/80, Superman o Retorno, 2006, Trilogia do Batman, Superman o Homem de Aço, Batman vs Superman e Liga da Justiça. 

Tenho um arquivo pessoal em Excel sobre futebol, como ranking de títulos e torcida, os clássicos entre os grandes de SP, RJ, RS e MG, entre ouros arquivos”.






– Existe algo em especial que gostaria de ter em sua coleção?
“Tem sempre uma camisa que é aquela relíquia. Tem um modelo de camisa, que o Corinthians usou apenas em um jogo, contra o São Paulo, pelo Paulista de 1992, listrada com os ombros brancos. Esse modelo eu não acho nem réplica, pois tinha um cara que fazia algumas réplicas, mas ele não faz mais. Esses dias tinha um cara vendendo num grupo do Facebook, um modelo original da época, mas estava pedindo R$ 1.500,00.

E a camisa bege, usada em 2000, comemorativa dos 90 anos. Essa também é bem difícil achar num bom estado e num preço acessível”.

- Acompanha NFL, NBA, NHL ou MLB? Torce para algum time?
“Acompanho às vezes a NBA. Gosto do Detroit Pistons, Chicago Bulls e Los Angeles Lakers”.

- Qual a maior loucura que você já fez para conseguir algo para sua coleção?
“Certa vez estava voltando para casa depois de correr e vi um cara catando latinhas na rua, com uma camisa do Corinthians de 1996, da Penalty, Suvinil. Estava em perfeito estado, o parei e fiz uma proposta por ela. Fui para casa e voltei com duas camisetas e mais R$ 20,00. Ele aceitou e levei para casa”.

- Defina em uma frase o que é ser colecionador.
“Não sei explicar o que sinto, mas se for definir em uma palavra, seria dedicação”.










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