Coutinho, um herói silencioso
A vitória brasileira desta quarta-feira (27),
mostrou novamente que o comando é de Coutinho. Ele é o melhor jogador do time.
Um passe perfeito para que, enfim, aparecesse a jogada de Paulinho. Justamente
ele, Paulinho, tão criticado.
Coutinho é o solucionador. Fez o gol contra a
Suíça, quando o jogo estava empatado. Fez o primeiro gol contra a Costa Rica,
quando a igualdade era certa - e nos acréscimos. E deu o passe para Paulinho fazer o
primeiro gol contra a Sérvia.
Como acontece sempre após os jogos da seleção, aparecem dezenas
de novas estatísticas. Muitas são úteis; outras, inúteis; algumas, interessantes.
As estatísticas úteis ajudam muito na compreensão dos fatos, mas não se pode
analisar o futebol baseado somente nos números, futebol também é sensibilidade,
é coração.
O primeiro tempo foi equilibrado, mas o Brasil fez 1 a 0, graças
ao talento de Coutinho, que deu um belo passe para Paulinho, que, de seu jeito,
penetrando na área, encobriu o goleiro. Ainda bem que Tite teve a tal da “sensibilidade”,
não barrou Paulinho nem colocou Coutinho pela direita, no lugar de Willian, que
também queriam que saísse do time. Willian jogou razoavelmente bem. Atacou com
habilidade e velocidade, e voltou, como sempre, para marcar ao lado dos
volantes.
No início do segundo tempo, a Sérvia pressionou e criou umas
duas chances de gol. Aí, Tite, novamente, acertou, ao trocar Paulinho por
Fernandinho, para reforçar a marcação. Em um escanteio, Thiago Silva fez, de
cabeça, o segundo gol, mostrando que o Brasil também é bom no jogo aéreo. A
Sérvia desanimou após o segundo gol, e o Brasil ensaiou um show. O
escanteio foi batido por Neymar, um entre tantos escanteios bem batidos por ele no jogo.
Neymar atuou bem, pela esquerda e pelo centro, sem dar chiliques,
reclamar, discutir nem simular, jogando para o time. Tite deve ter conversado
com ele.
Coutinho, seguido por Neymar, foram os principais destaques.
Todos os outros foram bem, especialmente a zaga, com Thiago Silva e Miranda.
Paulinho, como sempre, discreto como armador, foi, mais uma vez, importante pelo primeiro gol.
Não foi uma atuação brilhante da seleção, que não deu
espetáculo, porém jogou bem, com segurança, disciplina, eficiência, talento
individual e coletivo.
Depois de três jogos, é possível um balanço:
A defesa vai muito bem.
A rigor, teve apenas a falha contra a Suíça. Miranda e Thiago transmitem segurança.
Marcelo é ótimo no apoio e tem alguns problemas defensivos. O contrario de
Filipe Luiz, que entrou bem contra a Sérvia.
Fagner está bem. O único
problema é a falta de altura, que não permite que ajude na bola aérea.
Casemiro ajuda a criar essa solidez. Um grande volante.
Coutinho é o melhor. Participativo, habilidoso e decisivo. Um
solucionador que trabalha em silêncio, sem dar chiliques.
Os
outros estão jogando abaixo de seu nível, estão rendendo menos do que podem, principalmente Gabriel Jesus, mas não ouso a criticar a “sensibilidade” do
Tite.
A grande verdade é que
não tem jogo fácil. A favorita Espanha empatou com Marrocos, a Argentina de
Messi, teve que “rebolar” para que, no ultimo suspiro, ganhar a vaga; a atual
campeã Alemanha, foi eliminada de forma humilhante na primeira fase. Então
vamos elogiar o Brasil.
Estou animado com a minha seleção. Que venha o México!
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