Até agora, a lógica vem prevalecendo
Na média, o nível técnico da Copa do Mundo está bom.
Como se esperava, não houve nenhuma grande novidade. A única grande surpresa
foi à eliminação da Alemanha.
Os vários fracassos de seleções campeãs do mundo na Copa
seguinte ocorrem por desconcentração, soberba e, principalmente, porque costuma
haver uma importante queda da qualidade individual, mesmo que haja um
ótimo planejamento. É a lógica do desgaste, das leis das probabilidades.
Craques não são máquinas, não são formados em laboratórios.
Algumas
seleções adotaram uma postura estratégia e pragmática. França, Dinamarca, Inglaterra
demonstraram certo desinteresse com a vitória, na ultima rodada da fase de
grupos. Estão errados? Talvez sim. As condutas foram lamentáveis, ainda mais
que os torcedores pagaram um valor alto por seus ingressos. Porém, quase todas
as pessoas, mesmo as corretas, que vivem situações parecidas, ficariam
indecisas entre a ambição de vencer e o risco que isso poderia causar. Isso é até
normal, somos seres humanos, é bem diferente de duas equipes combinarem o
resultado antes do jogo.
Sobre a rodada de hoje, (30/06).
A França é superior à Argentina, mas existe a possibilidade
de que Messi faça coisas magistrais, além de tentar resolver sozinho. Além
disso, os mais veteranos, como Mascherano e Di María, enfim, precisam jogar bem.
A França quase sempre joga menos do que todos esperam. Mas é uma
equipe pragmática, que não costuma a dar sustos e nem espetáculos.
Uruguai e Portugal fazem um jogo equilibradíssimo. São duas
seleções parecidas, fortes na marcação, na disciplina tática, na qualidade dos
atacantes e que jogam com duas linhas de quatro e dois à frente. Esquema de
jogo que foi utilizado no Brasil durante décadas.
No futebol, há tantos imprevistos e possibilidades que, com
qualquer esquema tático desenhado na prancheta, pode ser o suficiente para um
time atuar bem e vencer. Eu não ouso a dizer qual estratégia pode dar mais
certo.
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