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Ressaca? Vale tudo pelo Mengão!!!





O que seria o tal “Flamenguismo”? Seria uma alcunha para a torcida fanática do Flamengo? Seria um adjetivo para caracterizar a paixão dos seus torcedores que lotam o Maracanã? Ou para aquele que ainda escuta os jogos do Mengão, num radinho à pilha, com a narração chiada, no meio do Sertão Nordestino? Seria algo para que se torne um amor incondicional àquela nossa paixão de menino de chutar uma bola de meia com os pés descalços?

De tudo um pouco, mas seria fácil dizer que Raphael Santana Garcia, flamenguista desde a barriga da mãe, é um dos seus representantes, cultuando o seu “Flamenguismo” retratada na sua coleção:

“Coleciono itens históricos do Flamengo, principalmente camisas do clube – de todas as épocas. Além das camisas, meu acervo também conta com ingressos, faixas, jornais, álbuns de figurinhas, etc”.



Filho de flamenguistas, Raphael sempre teve o Flamengo na sua vida. Quando pequeno, morava ao lado do Maracanã e o pai sempre o levava aos jogos, com certeza, em cima de seus ombros, como qualquer filho mereceria. Num destes jogos, vem uma das lindas lembranças que tem “de menino”:

“Aos sete anos de idade, quando entrei em campo com o time do Flamengo pela primeira vez, em 1987, fiquei completamente fascinado, quase em choque, com toda aquela atmosfera de Maracanã lotado e tudo que envolvia aquilo. Estar ao lado de Zico e companhia, tendo o olhar dos jogadores de dentro do campo foi realmente uma experiência única e inesquecível. É algo que realmente mexe com a pessoa, te marca para sempre. Pensava naqueles momentos todos os dias durante alguns anos da minha vida. A partir disso, comecei a guardar todas minhas camisas, o que talvez já fosse uma pequena coleção de criança. Porém, foi apenas em 2009, tomado por toda a alegria pela conquista do Hexa, que comecei a procurar camisas antigas, de todas as épocas, que representavam grandes conquistas e contavam por si só História do clube”.




Nestas horas, eu percebo o quanto estão ligados os personagens/jogadores que fazem parte das grandes conquistas dos clubes de futebol espalhados por este país. Em 1987, tínhamos nomes como Zico, Bebeto, Renato Gaúcho, Zinho; em 2009, Adriano, Petkovic, Ronaldo Angelim, Juan... hoje, temos um grande – em todas as definições da palavra nos dicionários – colecionador de itens do Flamengo:

“Meu acervo conta com mais de 750 camisas, mais de 1.000 ingressos de jogos diferentes e 83 álbuns de figurinhas”.

E, é claro!!, não poderia faltar uma história engraçada para contar. Se já tivemos um “Pega,ladrão” nesta série, não poderia faltar um doido que comprasse todo o estoque de “brejas” do ambulante apenas para convencê-lo a lhe vender a camisa de seu time de coração:

“Certo dia, fui a um jogo lotado. Fila enorme para entrar, mais de uma hora esperando a vez. Passo a passo, me aproximava bem devagar da entrada. Quando já estava quase lá dentro, escuto o vendedor ambulante gritando “cerveja, cerveja”, deu aquela vontade de tomar, mas quando me viro, vejo o cara usando uma camisa do Flamengo de 1980, número 3 do zagueiro Manguito. Sem titubear, sai da fila e fui atrás do sujeito, sem saber se ele aceitaria me vender a camisa. Primeiramente, ele não queria conversa, mas quando falei que compraria todo seu isopor de cervejas, ele tirou a camisa na hora. Tirando a ressaca no dia seguinte, fiquei muito feliz por conseguir mais uma relíquia”.

Conheça mais sobre a coleção de Raphael Santana Garcia, um legítimo representante do “Flamenguismo”, aquele que ousou desafiar o “Maraca” raiz aos sete anos de idade pelo Facebook  e outros destaques de nossa conversa abaixo:

– Qual o item mais valioso da sua coleção? Algum destaque em especial? Relíquia?
“O principal item da minha coleção é a camisa usada pelo Junior na finalíssima da Libertadores-1981. Naquela época, o Flamengo usava a camisa da Adidas, sendo o modelo da rubro-negra conhecida como furadinha. Após os dois primeiros jogos nas finais, com uma vitória para cada lado, houve um terceiro jogo em campo neutro, realizado no Estádio Centenário, Montevidéu, Uruguai. Curiosamente, o uniforme da Adidas do Flamengo não chegou a tempo para a partida, logo o clube teve que usar uma camisa meio que no improviso, apenas neste jogo. Ela se caracteriza por ter um número enorme costurado nas costas. O Flamengo venceu o Cobreloa por 2x0, sagrando-se campeão da América naquele ano. Conseguir esta camisa foi a realização de um sonho para mim, pois é uma peça muito rara e representa muito para o clube. Podemos dizer que é a camisa rubro-negra mais importante da História do clube”.

– Existe algo em especial que gostaria de ter em sua coleção?
“Ainda me falta realizar outro sonho, que é conseguir a camisa usada na final do Mundial de Tóquio em 1981 do jogo Flamengo 3x0 Liverpool”.

- Acompanha NFL, NBA, NHL ou MLB? Torce para algum time?
“Acompanho a NFL, não tenho um time em especial, mas gosto de ver o Green Bay Packers, pois testemunhar Aaron Rodgers jogar é um privilégio”.

- Defina em uma frase o que é ser colecionador.
“Ser colecionador é uma forma de cultivar o amor que tenho pelo Flamengo. É um hobby que me permite resgatar e preservar a História do clube dentro de casa através de camisas e outros itens históricos”.





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Imagens - Acervo Pessoal

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