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LeBron James: trajetória nos Cavaliers e os novos desafios


Faz alguns meses comecei a acompanhar a NBA, e o basquete, de um modo geral. Um jogador em especial, que assim como para tantos outros apaixonados pelo basquete deve causar mesma sensação, me fez sentir a emoção desse esporte, dessa liga, desse espetáculo; LeBron James.

Sempre fui simpatizante dos Lakers, desde muito cedo quando nem sabia o que era um arremesso de três pontos, escolhia aquele time de Shaquille O'Neal para enfrentar o meu primo Artur no super Nintendo. Sempre perdia, afinal, eu não fazia ideia do que eu estava fazendo. Quase vinte anos depois, eu entendo o motivo pelo qual meus primos ficavam acordados até de madrugada na expectativa de um jogo da NBA. Bom, mas não vou falar da minha recente descoberta, e sim, da trajetória de amor e ódio de um dos maiores atletas da história dos esportes com a franquia que o Draftou. 

História com os Cavaliers

Talvez muitas pessoas pensem que LeBron era um fervoroso torcedor dos 'Cavs' na juventude, o que não é verdade. O melhor jogador do mundo era fã do Chicago Bulls, muito por culpa de um tal Michael Jordan. Hoje LeBron é comparado ao ídolo e, para muitos, já ultrapassou Jordan como o melhor de todos os tempos. 

LeBron foi draftado pelo Cleveland em 2003, aos 19 anos. Assim que chegou na franquia, o jovem já fechou um contrato de 90 milhões de dólares com a nike. LeBron James é uma aberração - no melhor sentido da palavra. Nem precisou passar pelo basquete universitário devido ao enorme talento, saiu do colegial, direto pra NBA. 

Cleveland fica a 62 quilômetros de Akron, cidade natal do astro. Em pouco tempo a cidade que o acolheu como um 'deus' se tornou parte de sí. LeBron James resolveu que faria história na franquia que lhe deu a oportunidade da vida. 

Temporada após temporada ele demonstrava que seria um dos grandes nomes da história do esporte. Em 2007, chegava o momento em que sonhara desde muito jovem: o Cleveland, comandado por ele, chegava nas finais da NBA pela primeira vez na sua história. Um feito muito festejado pela cidade e, principalmente, pelo camisa '23'. No jogo cinco das finais de conferência contra o Detroit Pistons, LeBron teve uma das atuações mais impressionantes já registradas pela liga. 'The King' anotou 48 pontos, com 54% de aproveitamento nos arremessos de quadra, somando 9 rebotes e 7 assistências. Dos últimos 30 pontos dos 'Cavs' na partida, LeBron marcou 29. Épico! Na final, LeBron e companhia não foram capazes de derrotar o fortíssimo San Antonio Spurs de Tim Duncan, Tony Parker e Bruce Bowen, e foram varridos nos primeiros quatro jogos. 0-4. 

As temporadas seguintes não foram fáceis. Derrota na segunda rodada dos playoffs em 2008 para o Celtics - que seria o campeão da temporada. LeBron começava a sentir o peso de não conseguir o tão sonhado anel de campeão da NBA, o que preocupava a direção dos Cavaliers. Nessa mesma temporada, LeBron foi pelo quarto ano seguido vencedor do 'All Star Game' e ganhador do prêmio 'NBA All Star Game MVP'. Fora os outros recordes pessoais, como se tornar o terceiro jogador mais jovem da história a ter 15 triplos-duplos - atrás apenas de Oscar Robertson e Magic Johnson. Em 27 de fevereiro de 2008, se tornou o mais jovem jogador da história a alcançar os 10 mil pontos, 23 anos e 59 dias. LeBron ficava grande demais para os 'Cavs'.

No entanto, ainda haviam mais dois anos de contrato. A temporada 2008/2009 poderia ter sido o ano da virada e da chegada do tão sonhado primeiro título da franquia. Mas, o esporte está longe de ser uma ciência exata. Como parte da história de LeBron com os Cavs, está o fato de o entorno do camisa '23' jamais ter estado á altura do mesmo, sobrecarregando LeBron, mental e fisicamente. 

A derrota nas finais da conferência para o Orlando Magic foi um duro golpe para a estrela dos Cavaliers, tendo em vista a temporada fantástica que ele fez. LeBron teve médias 32,2 pontos por jogo, com 11,3 rebotes e 7,5 assistências. Os cantos de "MVP" que ecoavam das arquibancadas eram muito justificados pelo o que LeBron James realizava em quadra. E morrer na praia mais uma vez não era o sonho de desfecho para um jogador tão competitivo. O fim se aproximava, ou, talvez, uma separação temporária para ajeitar as coisas. 

2009/2010 seria a "última" temporada de LeBron em Cleveland, o que já era esperado. Shaquille O'Neal, um dos gigantes da história da liga, vindo do Phoenix Suns, chegava para suprir uma deficiência séria da franquia: a falta de presença no garrafão. Nem a companhia do 'All Star' Antawn Jamison, que chegou para ajudar LeBron, foi suficiente para que a franquia saísse do 'quase'. A eliminação para o Boston Celtics na segunda rodada dos playoffs apenas confirmou o que todos já sabiam: LeBron deixaria os 'Cavs'. 

LeBron James tornou-se agente livre em 1º de julho de 2010, deixando a torcida dos Cavs muito preocupada, porém, esperançosa com um possível novo contrato. Mas, nem mesmo as ofertas de Los Angeles Clippers, Chicago Bulls (seu time de coração na infância), New York Knicks, New Jersey Nets e o próprio Cleveland Cavaliers, foram capazes de impedir que LeBron James se juntasse a Cris Bosh e Dwyane Wade no Miame Heat. O anúncio foi feito por meio de um "mini reality show" realizado pela ESPN americana no dia 8 de julho, intitulado "a decisão". A ação rendeu mais de 2,5 milhões de dólares que foram doados a instituições de caridade em Ohio, assim como os mais de 3,5 milhões que foram faturados por meio de publicidade. Dessa forma, após 548 jogos e 15.241 pontos, LeBron James abandonava o Cleveland Cavaliers em busca do - mais do que nunca - desejado anel de campeão da NBA. 

LeBron prometeu que "voltaria e seria campeão da Liga em Cleveland", o que mais tarde se confirmaria. Mas antes o "rei" teria que lidar com as duras críticas que recebeu por deixar a franquia e se juntar a Bosh e Wade. Michael Jordan, Magic Johnson e outros grandes nomes do esporte, viram com péssimos olhos a decisão de LeBron, que afirmou "que nada mudaria o seu direito de livre arbitrio". Dan Gilbert, dono dos 'Cavs', chegou a escrever uma carta aos fãs, onde chamou LeBron de "covarde e desleal". Além disso, vários torcedores da franquia publicaram videos em redes sociais queimando suas camisas com o nome de James. Um período sombrio para um homem que apenas precisava vencer.




Em Miami foram quatro temporadas, somando impressionantes quatro finais. Em 2012 veio o seu tão esperado primeiro título de campeão da NBA, um momento mais do que aguardado por qualquer jogador de basquete que se preze. LeBron foi  MVP em 2012, ano da primeira conquista, e 2013, onde conquistara o seu segundo anel, chegando a quatro MVP's na carreira, e sendo o MVP das finais nas duas ocasiões. 

Em 1° de julho de 2014, exatamente quatro anos após anunciar que o se tornaria agente livre para deixar os Cavs, LeBron anunciara que seu contrato com o Miami Heat seria rompido, e  outra vez, o melhor jogador do mundo se tornava um "free agent".

De volta ao lar

Muitas especulações, inúmeras propostas e apenas um caminho. LeBron anuncia em 11 de julho de 2014 seu retorno para a franquia que o draftou, com o objetivo claro de entregar aos torcedores aquilo que prometeu ao sair quatro anos antes: o inédito anel de campeão da NBA para a cidade de Cleveland. Aquele momento em que as mágoas são esquecidas, o passado enterrado - exceto ás boas lembranças - e a glória é uma estrada que parece estar muito bem pavimentada. 

A franquia trabalhou bem, trouxe bons nomes, formou um time mais forte do que aqueles que LeBron tinha para acompanha-lo nos primeiros anos. Kyrie Irving e Kevin Love formariam ao lado de LeBron o trio dos Cavaliers na busca pelo sonho dourado. 

Claro, mas as variáveis do esporte são talvez as mais injustas. De 2014 á 2018 tivemos quatro temporadas onde as finais contam com os mesmos personagens: Golden State Warrios e Cleveland Cavaliers. Quando voltou pra Ohio, LeBron sabia que precisaria de bons nomes para ajuda-lo, assim como a direção da franquia, que tinha a mesma certeza. O que não se pode imaginar é o que vem do lado de lá. 

Passar pela conferência leste não era o pior desafio, já que não haviam times tão fortes que não pudessem ser batidos por LeBron e seus coadjuvantes de luxo. O grande problema vinha do oeste, onde os Warrios ficavam a cada ano mais fortes, buscando uma dinastia perigosa, ameaçando o equilíbrio da NBA. Kley Thompson, Stephen Curry, Draymond Green, Harrison Barnes, André Iguodala... isso que o time de 2014/2015 seria complementado ano após ano com outros nomes que transformariam a franquia em uma máquina de títulos. Nessa temporada não foi possível, 4-2 na final, e LeBron batia no aro mais uma vez com os Cavs. 

Se na temporada anterior (2014/2015) os Warriors estavam fortes, em 15/16 a história não seria diferente. A franquia manteve a base, trazendo mais um ou dois jogadores pra compor o banco, e terminando a temporada regular com 73 vitórias e apenas 9 derrotas. Pará-los parecia impossível. 

O impossível é algo que LeBron James ignora, alguém que na infância praticamente não conseguia ir pra escola em decorrência das dificuldades financeiras da família e chegou aonde chegou... não há como duvidar de nada que ele diga que "vá fazer". Mesmo assim, os prognósticos após a temporada regular eram muito ruins para o Cleveland. Warriors e Cavs se cruzaram duas vezes, com duas vitórias do time da Califórnia. O primeiro confronto aconteceu em 25 de dezembro de 2015, com vitória do Golden State por 89-83, em uma sensacional exibição de Draymond Green, que terminou a partida com 22 pontos, 15 rebotes e 8 assistências. 


No dia 18 de janeiro de 2016, o segundo jogo entre eles pela temporada regular. Dessa vez, um verdadeiro passeio. Jogando em casa, o Golden State não tomou conhecimento do time de LeBron e companhia, aplicando um sonoro 98-132, com uma atuação irretocável do Stephen Curry; 35 pontos, 5 rebotes e 4 assistências.

Mesmo com as derrotas para o principal algoz, o Cleveland terminou com a primeira colocação do leste. O time havia perdido o treinador David Blatt no meio da temporada, e passou a ser dirigido pelo então assistente de Blatt, Tyronn Lue, mesmo assim terminou a primeira fase com 57 vitórias. LeBron teve médias de 25,3 pontos por jogo, com 7,4 rebotes e 6,8 assistências. Sendo assim, era hora de entrar nos playoffs e fortalecer o grupo visando reencontrar os Warriors, que fatalmente passariam com certa tranquilidade pelo oeste. 

Na primeira rodada nos playoffs, um atropelo sobre o Detroit Pistols, 4-0 com show de LeBron e Kyrie Irving. A rodada seguinte foi igualmente tranquila. Atropelo sobre o Atlanta Hawks, com show de LeBron nos dois primeiros jogos. Mais um 4-0. Na final da conferência, contra o Toronto Raptors, um 4-2 e a vaga para a segunda final seguida da franquia, e a sexta consecutiva de LeBron James, estava garantida. O adversário, como já esperado, o Golden State Warriors. 

Homem de palavra

Mais uma final, a sétima de LeBron na carreira, a terceira com os Cavs e sexta consecutiva; simplesmente um fenômeno. Pela frente, mais uma vez o Golden State Warriors de Stephen Curry e companhia. 

Os dois primeiros jogos daquela decisão foram simplesmente terríveis pra LeBron James e seus companheiros. O Golden State, com um jogo extremamente agudo e cheio de possibilidades, mais uma vez passava por cima dos Cavaliers. Vitória californiana por 104 a 89 no jogo 1, e por 110 a 77 no jogo 2; um espancamento em rede mundial direto da Oracle Arena. Não dava pra aceitar tamanha humilhação. LeBron sabia que uma derrota no terceiro jogo deixaria a situação emocional dos Cavs muito ruim, e reverter aquilo se tornaria uma missão praticamente impossível. 

O jogo 3 começou de maneira diferente. O Cleveland comandava as ações ofensivas, o Golden State simplesmente não conseguia entrar no garrafão. O jogo forçado não funcionou, Stephen Curry não funcionou - como em outros jogos - e os Cavs/LeBron atropelaram. Vitória por 30 pontos: 120 a 90. "The King" foi o cestinha da partida com 32 pontos. Mais importante do que a vitória em sí, era a moral que um resultado como aquele daria a equipe. Jogadores como Tristan Thompson (14 pts), J.R Smith (20 pts) e Kyrie Irving (20 pts) apareceram pro combate, o rei não estava mais sozinho. 

O jogo seguinte era encarado pelos Warriors como uma decisão, pois uma vitória dos Cavs, deixaria a franquia de Ohio com a moral muito elevada, levando vantagem 'mental' para os três jogos decisivos. Stephen Curry voltou a aparecer, e a necessidade de vitória pesou para os Cavaliers, que viram Curry marcar 38 pontos e comandar o Golden State ao 3-1 na série. Um balde de água fria em uma reação que parecia real. Parecia?

Ninguém que tem em quadra LeBron James deve deixar de acreditar que coisas inexplicáveis aconteçam. Em seis jogos contra os Warriors na temporada, contando a fase regular, os Cavs haviam vencido apenas um - o jogo 3 supracitado aqui. Pra serem campeões, precisariam vencer os três confrontos que faltavam, pra só assim, chegar a tão sonhada conquista. A verdade é que poucos acreditavam. 

De volta a San Francisco, a Oracle Arena tinha tudo pra ser o palco do tetra-campeonato do Golden State, o segundo consecutivo. Série sendo vencida por 3-1, ginásio lotado, adversário abalado e um Golden State Warriors mais do que pronto pra levantar mais uma taça da NBA. Bom, os Warriors estavam prontos pra vencer, mas, os Cavaliers e LeBron James, não estavam nem um pouco dispostos a perder mais uma vez. 

Quantas vezes você já ouviu falar que LeBron teve uma atuação épica? Acompanho basquete a pouco tempo, mas a cada dez citações que fazem sobre o melhor jogador do mundo, oito estão descrevendo um momento inesquecível que LeBron James proporcionou aos amantes da bola laranja. "Impecável!" Assim podemos resumir a atuação de LeBron no jogo 5 das finais de 2016. Cestinha da partida ao lado de Kyrie Irving, com 41 pontos. Além 13 rebotes e 7 assistências; o melhor do jogo nesses quesitos. Uma vitória por 15 pontos de diferença em plena a Oracle Arena, e uma decisão que acabara de ter seu curso alterado. 

O jogo 6 foi a grande prova do quão grande havia sido o impacto do confronto anterior, onde toda a atmosfera foi criada para que o Golden State saísse do seu ginásio como o grande vencedor da temporada, e um LeBron James arrasador acabava com todos os planos ali plantados. Mais uma vitória dos vermelhos de Ohio, que seguiam escrevendo um capítulo mais do que importante da história da cidade de Cleveland. Vitória por 115 a 101, com mais uma atuação de gala do filho pródigo da franquia, LeBron marcara 41 pontos, e mais 11 assistência. O impossível nunca fez parte do vocabulário do rei. 

O jogo 7 era o grande momento de uma carreira que completava 13 anos de NBA e, mesmo que os títulos com o Miami Heat tivessem sido importantes, vencer com os Cavs era preciso, pois LeBron havia prometido. Para os fãs, e para sí mesmo. 

A partida foi tensa, muitos erros dos dois lados. 'The King' como sempre era o equilíbrio e a liderança do Cavaliers dentro de quadra. A maior diferença entre as quipes durante a partida não passou de 8 pontos, terminando em apenas 4. Os 4 pontos de diferença mais festejados da carreira de LeBron. Com toda certeza não haverão outros mais comemorados do que esse, nem em Los Angeles, nem em lugar algum. O que transparecia ao final daquele jogo '7' na Oracle Arena, em 19 de junho de 2016, era que finalmente LeBron havia conseguido pagar a "divida" que entendia ter com a cidade e a franquia que os acolheu. A vitória por 93 a 89 foi muito mais do que uma conquista desportiva - que ainda contou com o terceiro MVP das finais da carreira -, foi o cumprimento da palavra, pois o que se é prometido, é preciso ser cumprido. 

LeBron ainda levaria os Cavs a mais duas finais: 2017 e 2018. Mais uma vez contra o Golden State Worriors, que como todos os amantes da NBA sabem, terminaram de maneira arrasadora em favor da franquia da Califórnia - já com Kevin Durant: 4-1 (2017) e 4-0 (2018). Mesmo assim, um espetáculo a parte protagonizado por LeBron no jogo 1 das finais desse ano. The King anotou 51 pontos na derrota dos Cavs na prorrogação por 124 a 114, após uma trapalhada de J.R Smith. Mas a atuação deixou o mundo do basquete embasbacado com tamanha explosão física e técnica de LeBron aos 33 anos. 

Após mais uma derrota para o Golden State Warriors nas finais, era esperado que LeBron se tornasse agente livre e deixasse Ohio rumo a um novo desafío. Muitos destinos eram especulados. Mas foi sem novela, sem reality show e tampouco espaço para rumores, o rei anunciou por meio de um comunicado oficial da 'Klutch Sports' - empresa que agência o jogador - no dia 1º de julho, que havia aceitado a proposta dos Lakers, e que firmaria um contrato de quatro anos com a franquia detentora de 16 anéis da maior liga de basquete do mundo. 

Portanto, o desafio agora é outro. Se antes o objetivo era se manter no topo, a necessidade agora é de voltar á ele. Os Lakers não chegam aos playoffs á cinco temporadas, e não tem um time recheado de estrelas - pelo menos até agora.  

Talvez LeBron tenha que provar do próprio veneno, já que foi o próprio quem começou o que os entendidos de basquete chamam de "super-times", em 2010, quando abandonou os Cavs rumo a Miami. Vai ser duro encarar o que ele mesmo criou. O lado oeste conta com várias franquias de muita qualidade, com jogadores de peso. Vale lembrar, que pra chegar nas finais da NBA daqui pra frente, LeBron precisará vencer o Golden State dentro da conferência. A chagada de DeMarcus Cousins, pivô que estava nos Pelicans, é mais um 'all star' a compor o já fortíssimo elenco dos atuais bicampeões. Também não dá pra ignorar um Houston Rockts com James Harden, Chris Paul e  Carmelo Anthony. Paul George e Westbrook no Oklahoma City Thunder... e por aí vai. É um mundo diferente, um novo desafío para um super astro que já provou ser capaz de coisas inimagináveis. 

Os desafíos serão mais ríspidos, mais difíceis, a montanha será mais íngreme. No entanto, o que LeBron fez pela história do Cleveland Cavaliers, faz com que os saudosos torcedores do Los Angeles Lakers sintam que aqueles velhos tempos possam estar voltando, reencarnados em um deus do esporte. 

Até a chegada do rei em 2003, os Cavs jamais haviam sequer vencido uma final de conferencia, portanto, jamais haviam disputado uma final de NBA. Com LeBron no elenco, foram 10 temporadas, 5 títulos da conferência oeste e 1 anel de campeão da liga. Simplesmente uma virada de chave na história da franquia. Isso não tem preço pra quem é de Cleveland. Se em 2010 LeBron saiu como um traidor, em 2018 ele saí como um herói, como um homem que deu tudo a quem lhe deu o básico. 

Encerro com as palavras de LeBron James em sua primeira coletiva de imprensa como jogador dos Lakers: "Não importa aonde eu jogue, com quem eu jogue ou o que eu esteja fazendo; Ohio sempre estará no meu coração, Cleveland sempre será a minha casa." 

Que 'the King' siga nos brindando com seu talento por muitos e muitos anos ainda. Uma coisa é certa: nas próximas quatro temporadas, cada torcedor dos 'Cavs' terá um pedacinho do coração em Los Angeles. 

Créditos das imagens: todas as fotos foram tiradas do site da NBA e da ESPN. 



    

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