O Flamengo deveria pagar R$3,6 milhões por mês para ter Zidane? Kléber Leite deve achar que sim!

O Rubro-negro carioca tem nos tempos de hoje uma administração espelho para o restante dos clubes brasileiros. Sem fazer "loucuras", a diretoria comandada por Eduardo Bandeira de Melo, fez da 'marca' Flamengo' algo mais compatível com a dimensão do clube. Mas nem sempre foi assim. 

Entre 1995 e 1998, um senhor que acredita saber tudo de Flamengo, cometeu uma série de absurdos inexplicáveis. Após uma temporada e meia de Barcelona, Romário tinha a vontade de voltar ao Brasil, mais precisamente ao Rio de Janeiro. Alguém com responsabilidade financeira jamais tentaria trazer de volta aquele que seria em 1995 considerado o melhor jogador do mundo, mas, essa 'babaquice' de responsabilidade financeira nunca fez parte da forma de trabalhar de Kléber Leite. Com o investimento de mais de seis empresas, entre elas a Bramha, o Flamengo anunciara em janeiro de 1995 a contratação do baixinho por 4,5 milhões de dólares - pela inflação da época, algo em torno de 13,5 milhões de reais. 

Na mesma época, Leite contratou também Edmundo junto ao Palmeiras; outra aquisição que deu o que falar até os tempos atuais. O empréstimo que o clube, por meio de seu presidente, fez junto ao consórcio Plaza no valor de 6 milhões de reais, gerou uma dívida 10 vezes maior para o atual mandatário rubro-negro, Bandeira de Melo. A atual administração do 'Fla' renegociou a dívida, que chegara em 2016 a estonteantes 90 milhões de reais, e que ficou acordada em R$ 61 milhões. Em 2010, já fora da presidencia, foi um dos grandes apoiadores da contratação de Ronaldinho Gaúcho, que na época custou cerca de 1 milhões de reais mensais para o Flamengo. Essa também foi uma dívida que ficou pra tras, e que Bandeira de Melo resolveu em 2016. 

Títulos? Foram poucos. Mas os prejuízos deixados por Leite ao Flamengo são incalculáveis e, mesmo que gigantescos, foram brilhantemente resolvidos pela atual gestão do clube. E o próprio Kléber Leite demonstrou o quanto é incapaz de gerir um clube de tamanha grandeza. Em seu blog, o ex-exterminador financeiro da gávea, publicou um texto onde pede a atual administração do Flamengo a contratação de Zinedine Zidane, pois para o rubro-negro "não existem sonhos impossíveis". No mesmo conteúdo ele publica o que seria uma troca de mensagens com Bandeira de Melo, onde pede para o mesmo considerar a possibilidade. É mole? Fiz uma conta simples aqui: 

Zidane foi multi-campeão com o Real Madrid em dois anos e meio como treinador do clube, entre os títulos, três Liga dos Campeões da Europa consecutivas, algo inédito e que deve levar uma vida pra algum outro treinador repetir. E mesmo assim Kléber Leite acredita que o Flamengo deveria almejar o astro francês? Bom, se é assim, vamos lá!

Zidane tinha um salário estipulado em 10 milhões de euros anuais, algo em de 43,9 milhões de reais. Porém, isso sem a renovação que já estaria sendo avaliada, onde Florentino Pérez - segundo o jornal Marca - elevaria os vencimentos salarias de Zizou para 11,7 milhões de euros por ano; 51,3 milhões de reais. Se o rubro-negro em uma 'pira muito louca' resolve ir atrás e Zinedine, e que em um espasmo por busca de desafios tropicais resolvera aceitar aa proposta pelo mesmo salário que recebera no Madrid nos últimos dois anos e meio; o Flamengo teria em sua folha uma conta de quase 4 milhões de reais mensais só com o salário do seu técnico, levando em conta a tradição brasileira com treinadores estrangeiros, não teria nenhuma garantia de sucesso. "Que puta negócio hein, Klebinho?" Ou talvez ele acredite que o atual tricampeão da Champions deveria se adequar aos padrões brasileiros, mesmo com uma pilha de propostas milionárias em sua mesa. Pode ser, né? 

Brincadeiras a parte, é louvável que o Flamengo tenha conseguido afastar de seu meio político um 'ser' tão asqueroso quanto esse senhor. Em 2017 o clube teve o maior faturamento da América do Sul, 633 milhões de reais e, com certeza esses números não foram construidos com esse tipo de 'cagada astronômica'. O trabalho sério do Flamengo está pagando, inclusive, os colapsos mentais de seus ex-dirigentes incompetentes que tentaram competir com o poderoso mercado europeu. Portanto, que Kléber Leita continue onde está, bem longe do Flamengo e do futebol brasileiro.