Irmãos Colimério: o futuro do basquete brasileiro em plena evolução - (Lucas)
Lucas defende o Basquete Joinville. O ala-pivô nos contou que o início de Léo com a bola laranja foi quase que uma "birra" de irmão mais novo: "No começo ele não gostou muito, não queria muito jogar, ainda não tinha criado afeto pelo esporte. Mesmo assim ele gostava de treinar comigo, fazer o que eu estava fazendo, entendeu? Ele sempre me perguntava as coisas, mas no final ainda dizia que não queria fazer (risos). Mas, depois que ele ingressou nas escolinhas, acabou se apaixonando"
Mesmo sendo hoje um profissional do esporte, o basquete não foi a primeira opção de Lucas: "Iniciei no basquete depois da Educação Física, com meu professor, juntamente com meu pai. Eu jogava futsal antes, na escola, e como já era o maior da turma, eles tiveram a ideia de me colocar no basquete. Eu nem conhecia muito o esporte naquela época. Mesmo assim, decidiram me levar para uma escolinha de basquete quando eu tinha 9 anos."
Lucas Colimério é um dos bons nomes que temos na atualidade. O jogador defendeu todas as categorias de base da seleção brasileira, e diz que pretende continuar defendendo o nosso país com o time adulto: "Quanto a seleção brasileira, pretendo sim, é um sonho também. O meu foco antes era participar de todas as seleções de base, desde a primeira. Eu consegui realizar isso, e pretendo também na seleção adulta"
Além de Joinville e a base da seleção brasileira, Lucas também defendeu o São José dos Campos e, mais recentemente, o Paulistano.
Confira os detalhes da nossa conversa:
Perspectiva para o futuro dos irmãos: "A minha perspectiva é de um dia jogar junto com meu irmão, no mesmo time. Ou até contra ele, mas acho que eu jamais imaginei isso, porque o que eu mais sonho na minha vida é ter a gente jogando no mesmo time."
Juntos profissionalmente: " Eu acho que seria uma experiência única. A gente treinou muito juntos na base do São José, mas não chegamos a fazer nenhum jogo. Os campeonatos nunca bateram, até pela idade que ele tinha na época que a gente estava lá. Mas ainda me imagino jogando no lado dele.
NBA: "Com certeza eu sonho em jogar na NBA, esse é meu foco desde o início. Quando eu comecei a jogar, eu me inspirei muito no LeBron James, na história dele, os campeonatos que ele fez, todas as fases e conquistas. Eu tenho ele como ídolo desde o início."
NBB/Basquete nacional: "Então, em relação ao NBB, acho que nosso basquete já cresceu muito com passar dos últimos anos. A cada Temporada da Liga, eu vejo que é um campeonato que está ficando cada vez mais difícil, mais complexo, e que o Brasil está mostrando o seu nível de basquete. Não como antigamente, já foi muito forte, chegamos a bater os Estados Unidos. Mas está recuperando essa força, tanto dentro de quadra, quanto no investimento. Acredito que ainda não é o suficiente, mas vem sendo bem melhor se comparado há alguns anos.
Nota final:
O país de Oscar, Magic Paula, Janete, Hortência e tantos outros grandes nomes; prova mais uma vez que o que falta é organização e investimento. Existem talentos, existem bons nomes surgindo. Léo e Lucas Colimério são jovens, tem potencial e amor pela bola laranja; tudo o que precisamos para pavimentar a estrada do sucesso nesse esporte tão maravilhoso. E de onde eles saíram, podem haver muitos outros. Times como o São José dos Campos não podem parar suas atividades por falta de recursos, é um descaso.
O NBB é uma realidade. A volta de nomes como Leandrinho e Anderson Varejão, que figuraram e tiveram papéis de certo destaque por vários anos na NBA, valoriza ainda mais a nossa liga. A LNB (Liga Nacional de Basquete), que organiza o NBB, deu um passo importantíssimo para a evolução da competição já em 2014, quando anunciou a parceria com a liga norte-americana, a NBA. Inicialmente, o intuito era apenas realizar intercâmbios de gestão, porém, os times brasileiros se beneficiaram com a facilitação em negociar com jogadores não draftados. Isso melhorou o nível de jogo em terras tupiniquins, deixando o NBB ainda mais atrativo.
A edição 2018/2019 ainda contará com uma cobertura mais assídua, com ESPN e FOX Sports. As emissoras juntas transmitirão 75% dos jogos da liga, um recorde.
Ingredientes não faltam para que o brasileiro passe a dar mais atenção para o basquete, afinal, nem só de futebol vive o nosso país - por mais que muitos não saibam. Léo e Lucas Colimério ainda darão muito o que falar em um futuro próximo, garanto.
Créditos das imagens: globoesporte.com e basquete Joinville.
É disso que precisamos, de jovens talentos que tenham amor pelo esporte e apoio das federações.
ResponderExcluirIsso aí irmãos Colimėrio, continuem se destacando.